O que há não muitos anos atrás era ficção científica, agora parece que faz parte do cotidiano de usuários e empresas: a inteligência artificial faz parte de equipamentos tão pessoais como celulares e tão complexos como sistemas de análise e modelagem de dados. Com desafios cada vez mais complexos e relevância crescente a cada dia, é evidente que a cibersegurança não poderia abrir mão do uso desta poderosa ciência.
Para lidar com um volume crescente de ameaças e técnicas cada vez mais atualizadas por parte dos criminosos, os fabricantes de softwares passaram a olhar para recursos que agregassem flexibilidade e capacidade de resposta precisa e rápida a incidentes. E a solução para esta demanda veio na forma de uma abordagem de inteligência artificial conhecida como machine learning.
Essencialmente, o machine learning permite que sistemas inteligentes aprendam com exemplos e situações, respondendo a situações sem a necessidade de programação específica para cada reação. Esta capacidade é uma vantagem enorme no combate a ameaças digitais, pois faz com que a solução de segurança seja capaz de identificar padrões suspeitos de comportamento de usuários e programas, permitindo a ela reagir a uma ameaça mesmo que ela não seja imediatamente identificada como um vírus ou malware.
O machine learning e a segurança
Existem diversas técnicas por trás do machine learning que permitem aos sistemas identificar os padrões suspeitos e adotar comportamentos cabíveis para cada um deles. Predição, Clustering, Recomendação, entre outras, são algumas destas técnicas, as quais trazem opções diferentes de ação para cada cenário a ser enfrentado.
E segundo um estudo global feito pela Associação dos Investigadores de Fraude Certificados (ACFE), a perspectiva é que cada vez mais empresas adotem essa tecnologia em seu cotidiano. O mesmo estudo ainda revela que, até 2021, 72% das empresas planejam fazer uso de monitoramento automatizado, relatórios de exceção e detecção de anomalias.
Assim, ao contar um programa de segurança dotado com a habilidade de identificar um eventual agente malicioso (seja um programa ou um indivíduo) no sistema por meio de características que foram aprendidas previamente permite uma liberdade pouco antes vista.
Além de fazer com que ele seja capaz de atuar de forma proativa e preventiva na contenção de ameaças, diferentemente dos sistemas tradicionais, por assinatura, que só conseguem agir quando identificam diretamente um malware ou vírus rede. Por isso, o machine learning é um dos recursos mais valorizados neste momento quando se trata de cibersegurança: a inteligência da ferramenta permite um nível de cobertura, automação e agilidade sem precedentes, o que é crucial na defesa de seus sistemas.
Vale lembrar, contudo, que a presença de um recurso como este não dispensa a vigilância dos profissionais de segurança e dos próprios usuários. Ataques de phishing (para citar apenas um exemplo), continuam crescendo no Brasil, e podem ser usados para tentar burlar a inteligência de seu sistema de defesa. Analogamente, hackers já têm usado ferramentas de inteligência artificial para automatizar suas tentativas de invasão, tornando suas ações ainda mais perigosas e efetivas.
Quem busca uma segurança realmente efetiva, capaz de defender sua empresa de ameaças avançadas de forma inteligente, automatizada e consistente, portanto, deve olhar para ferramentas que contem com recursos como o machine learning. Uma realidade que favorece a criação de um ambiente bem orquestrado e preparado para os desafios do dia a dia com a mais alta performance, permitindo à segurança de uma empresa ter a liberdade de expandir sua capacidade e ir além.