Nem um mês após a rede elétrica da Ucrânia ter sido vítima do primeiro apagão da história causado por malware, outra fornecedora de energia foi atingida por um ataque cibernético. Os noticiários foram rápidos em relatar o “grave ciberataque“ anunciado pelo Ministro de Infraestrutura Nacional, Energia e Água de Israel, Yuval Steinitz.
“O vírus já foi identificado e o software certo já foi preparado para neutralizá-lo”, disse Steinitz para milhares de profissionais de segurança na Cybertech 2016, em Tel Aviv. “Tivemos que paralisar muitos dos computadores da Central Elétrica de Israel. Estamos cuidando da situação e espero que em breve esse grave evento estará terminado… mas até agora, os sistemas de computadores ainda não estão funcionando como deveriam“, disse ainda, como foi noticiado pelo The Times of Israel.
Esse ataque foi detectado na segunda-feira, depois do recorde de consumo de energia relatado em Jerusalém, devido à queda de temperatura que exigiu 12.610 megawatts. Em resposta ao ataque, as autoridades optaram por desligar segmentos da rede elétrica do país.
Steinitz considerou o incidente como uma indicação da fragilidade e sensibilidade das infraestruturas empregadas nos sistemas usados por diferentes setores e agências governamentais. Foi em julho de 2015 que a Autoridade Cibernética Nacional de Israel emitiu um alerta sobre “um grande ciberataque” à vista.
Até o momento dessa postagem, nenhum ator da ameaça foi identificado como o causador do ataque e nenhuma queda de energia em qualquer seção foi identificada como conectada ao ataque. Porém, foi relatado que o incidente foi causado por um ataque de ransomware. Supostamente, um email de phishing foi acessado, levando assim a uma infecção de ransomware que se propagou para outros sistemas dentro da rede. Os detalhes ainda não foram totalmente compreendidos – inclusive o tipo de ransomware e a quantia exigida para restaurar o acesso.