Já faz três anos que a equipe de Pesquisa de Ameaças Futuras (FTR) da Trend Micro observa as Economias do Submundo Cibercriminoso de muitos países em todo o mundo. Fizemos três relatórios sobre a Rússia, três sobre a China, um sobre o Japão, um sobre o Brasil e um sobre a Deep Web.
Hoje nossos pesquisadores divulgaram o “Submundo Norte-americano: O Tanque de Vidro”, o mais recente de nossa Série sobre a Economia do Submundo do Cibercrime.
Nesse relatório, nossos pesquisadores descrevem como o submundo norte-americano se diferencia de lugares como a Rússia e a China. Uma das diferenças mais importantes é que o submundo norte-americano se caracteriza por um alto grau de abertura, diferentemente de outros. Os submundos chineses e japoneses, em especial, seguem um modelo mais “clandestino” onde o acesso, tanto dos compradores como dos vendedores, é restrito “aos que o conhecem”. Já o norte-americano é aberto a todos. Como nossos pesquisadores notaram, o submundo norte-americano se caracteriza por seu contínuo aprimoramento, não só dos produtos e serviços oferecidos mas também da facilidade de uso para o acesso de compradores e vendedores.
Outra coisa que o caracteriza é a importância das drogas e armas à venda em seus mercados. Para começar, o contrabando de drogas e armas foi o grande fator do crescimento do submundo norte-americano. E esses itens estão certamente disponíveis no submundo norte-americano. Também observamos a mesma facilidade de entrada e usabilidade acerca de drogas e armas que vimos no submundo norte-americano em geral.
Mas, apesar da impressão causada pelas reportagens sobre o Silk Road e seus sucessores, o submundo norte-americano é muito mais do que apenas drogas e armas. Como outros submundos ele tem sua parcela de malware e kits de ataques à venda. Ele também tem dados roubados e contas comprometidas à venda. Outra coisa que observamos nessa arena é o crescimento do mercado de contas comprometidas da Netflix e do Spotify: dando aos cibercriminosos a oportunidade de “usar” contas legítimas de outras pessoas sem que elas saibam.
O relatório completo tem mais detalhes, inclusive informações sobre como os compradores e vendedores “lavam” Bitcoins para fazer as transações no submundo cibercriminoso norte-americano.
Mas, em geral, esse relatório mostra que a economia do submundo cibercriminoso norte-americano difere das economias, digamos da China, do mesmo modo que a economia de seus países. O interessante é que o relatório também mostra que as economias do submundo e as economias da superfície diferem de modo semelhante.