O modelo de cloud computing vem se consolidando a cada dia no mercado e já é considerado pelos especialistas em tecnologia da informação como um caminho sem volta. Isso porque seus benefícios como flexibilidade, agilidade e redução de custos são muito significativos na operação das companhias.
Mesmo diante de tantas vantagens, uma questão preocupa os profissionais da área: agora que os dados estão na nuvem, os técnicos de TI serão desnecessários?
Muitos profissionais se sentem desconfortáveis com esse cenário, pois acreditam que a computação em nuvem vai diminuir a oferta de mão de obra e eliminar os postos de trabalho.
A verdade é que o motivo para preocupação somente existe para aqueles que ainda não perceberam a importância de agregar mais estratégia na TI.
É comum que quando você está do lado da tecnologia, busque sempre a melhor solução para a empresa. Mas será que você está levando em consideração a expectativa da área de negócios?
Olhe pelo prisma de negócio
A atuação da TI deve ser mais estratégica e menos operacional para ser valorizada dentro da corporação. Isso quer dizer que as decisões devem ser tomadas de acordo com a expectativa de negócio da empresa.
Por exemplo, imagine que você precisa escolher entre os serviços de armazenamento em nuvem dos players A e B. Eles podem ter as mesmas soluções para armazenamento, mas cada um possui serviços, SLA (Service Level Agreement) e bilhetagens diferentes. Além de analisar as features mais aderentes, o ideal é avaliar o melhor custo benefício e o impacto que isso vai causar no negócio.
Muitas vezes, o profissional de TI não exercita essa visão porque está focado somente nas prioridades operacionais. Nas empresas de e-commerce e startups a mudança de cultura é percebida com mais intensidade, porém nas companhias mais tradicionais essa realidade é mais distante. E isso reflete diretamente no processo de migração para a nuvem.
Um dos motivos do shadow IT, conceito que explora a TI invisível dentro da corporação, é que as áreas de negócio conseguem até certo ponto seguirem sozinhas com aspectos que dependem de tecnologia.
Isso porque a tecnologia da informação tornou-se mais preponderante como viabilizador de um negócio. Portanto, se os executivos terão mais conhecimento sobre qual tecnologia deve usar, o diferencial do profissional de TI está em entender qual o melhor tipo de tecnologia deve ser adotado pela área. Essa iniciativa agrega valor ao negócio. É mesmo caso, por exemplo, da atuação do engenheiro no dia a dia. Um de seus papéis é escolher o material que deve ser usado na obra, levando em consideração sua durabilidade, custo e resiliência. Ele não olha apenas para a necessidade do seu projeto, mas avalia o impacto que o material escolhido trará em diversos aspectos para o cliente, desde o tempo de uso até o investimento necessário.
É esse tipo de visão que o mercado espera do profissional de tecnologia. Com a adoção da cloud computing, as empresas vão continuar precisando dos personagens de TI, mas irão priorizar os que têm a visão de negócio como um todo.